A força,
do ponto de vista da física, é representada pela expressão do produto
da massa pela aceleração (força = massa x aceleração), porém, quando o
assunto é execução de movimentos e exercícios, a força é representada
pela superação de uma dada resistência – que vem por meio da contração
muscular.
O treinamento de força sempre foi associado ao aumento da massa muscular, sendo um meio para atingir uma hipertrofia muscular adequada, no caso dos atletas de fisiculturismo, e para o aumento da força máxima, importante para muitos esportes. Sabemos que os fisiculturistas utilizam o treinamento de força para atingir seus objetivos, mas o que muitos não sabem é que um fisiculturista (hipertrofia) tem um treino distinto de um atleta de levantamentos básicos ou um atleta de levantamentos olímpicos.
Essas diferenças são mais bem entendidas pela análise das variáveis, que, ao serem combinadas, diferenciam as sessões de treinamento de força, seja qual for o objetivo destas. Assim, em função da características dos exercícios,
tais como o tipo, a ordem, o volume, a intensidade, a frequência dos
treinos, o intervalo (entre as séries e os exercícios) e as formas de
controle da carga, as alterações orgânicas agudas promovidas pela sessão
de treinamento (bem como as adaptações ao treinamento) irão variar,
Deve-se lembrar também que uma mesma combinação das variáveis acima não
produz os mesmo resultados em indivíduos diferentes (variabilidade
biológica). Vale ressaltar que, além da variabilidade individual,
deve-se atender aos objetivos de cada praticante e prescrever a
atividade da forma mais particular e personalizada possível.
Ainda sobre as variáveis agudas do treinamento de força, lembremos que, para elaborar o treino de força, é necessário ordenar, de forma lógica, as variáveis de treinamento,
que são extremamente importantes para se obter o resultado desejado,
pois, à medida que o organismo se adapta, os ganhos só ocorrerão por
meio da correta planificação do treinamento. Portanto, não se deve
cometer o erro de acreditar que tais variáveis não são importantes só
porque no começo do treinamento de força elas contribuem menos em termos
percentuais.
As
variáveis do treinamento também são úteis para aqueles que acreditam
que treinar “pesado” é levantar peso. Essa visão limitada restringe
muito as possibilidades conforme sua reserva adaptativa vai se esgotando
e, invariavelmente, conduz para escolhas não saudáveis (por exemplo:
anabolizantes) como forma de obter ganhos adicionais que já não são
possíveis só com o aumento de peso.
Fonte: Manual de Musculação – Uchida Charro Bacuaru Navarro Pontes
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