Levando em consideração os dados atuais do IBGE, sobre um
levantamento com 188.461 pessoas entre 2008 e 2009, o qual demonstrou
que há um grande número de pessoas enquadradas na categoria sobrepeso em
diversas faixas etárias, vejamos que: “30% das crianças entre 05 a 09
anos de idade, cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos, e nada
menos que 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos”. (IBGE,
2010). E segundo Simão (2008, p. 139), “Cerca de 37 milhões de
Norte-Americanos apresentam 20% ou mais de excesso de peso com relação
ao desejado”. Com estes dados, tornam-se evidente, que há um grande
número de pessoas acima do peso considerado normal.
A partir desta análise, despertou a importância em mostrar quão o
Treinamento Resistido (TR), pode corroborar com alguma parcela na
amenização destes dados estatísticos que assolam não só a sociedade
brasileira como também mundial. E, consequentemente, sugerir como
hipótese a criação de políticas públicas como meio de intervenção social
em benefício desta parcela da sociedade.
Ainda há um grande número de pessoas, que por desconhecimento, acham que o Treinamento Resistido (TR) não dá um aporte significativo no quesito emagrecimento, porém, este grande ceticismo ocorre por falta de informação e aprofundamento no mecanismo científico do (TR) e suas respostas fisiológicas durante e principalmente pós-exercícios.
O fator primordial desta prática arraigada dentre a sociedade, e também por leigos em exercício e atividade física, é que a maior parte dos estudos com substratos energéticos são avaliados durante os exercícios e não pós-exercícios. E ao avaliá-los durante o exercício, confirma-se que durante o exercício de (TR) sendo não há uma mobilização de gorduras significativa, notando assim, que nos exercícios curtos e intensos, os chamados (anaeróbios), há como predominância nestes, uso de Creatina Fosfato (CrP) e Glicogênio como substratos energéticos; diferentemente dos exercícios leves e prolongados, os (aeróbios), que há uma predominância maior do METABOLISMO LIPÍDICO, Lima (2012) Simão, (2008, p. 143), criando-se com isso o lado cético da coisa: “Musculação emagrece ou não?”, devido não ter em atividade a predominância em seu metabolismo principal oxidação de lipídios (lipólise), durante o Treinamento Resistido.
A figura abaixo segundo (NAVARRO, 2012, p. 16). Veja um exemplo dos substratos energéticos utilizados durante o exercício em determinados termos:
Em virtude dos fatos mencionados acima, os quais analisaram os substratos energéticos utilizados durante o exercício, vamos agora analisar as respostas metabólicas provocadas pelo (TR) PÓS-EXERCíCIOS, tentando com isso, numa linha de análise diferente, fundamentar com duas afirmativas cabíveis e convincentes o potencial do (TR) como um dos fatores significativos para processo de emagrecimento, vejamos:
01)- O Treinamento Resistido aumenta o volume muscular, e consequentemente um aumento na (TMB) Taxa de Metabólica Basal, que é o mesmo que: “Mínimo de energia necessária para manter as funções vitais do organismo em repouso”, (MCARDLE, et al, 1992 ).
02)- O Treinamento Resistido permite prolongamento no aumento do consumo de oxigênio (VO2) pós-exercício.
Fundamentando a primeira afirmativa, podem ser citados inúmeros pesquisadores que comprovam a eficiência do (TR) e o aumento da (TMB) oriundos do ganho de massa magra (HIPERTROFIA). Segundo Esquerdo (2010, p.29) “[...] A maneira mais inteligente de perder gordura e mostrar uma musculatura mais definida é realizando um treinamento “pesado com pesos”, que também se queimarão calorias e o metabolismo permanecerá alto, [...]”. Para Guedes (2006, p. 101): A musculação contribui para o emagrecimento que ocorre devido ao aumento de massa muscular que, por sua vez, aumenta a (TMB) esta que corresponde a 70% do gasto calórico diário do indivíduo normal. Para Simão (2008, p. 143), diz que quanto maior a massa magra, maior a quantidade de calorias gastas ao dia. Afirma-se também que ao preservar a massa magra através do (TR), previna declínios na (TMB), esta que quando há apenas uma perda de peso mostra-se significativa, Laibel e Colaboradores, (1995). Finalizando, apoia-se na afirmativa do (ACSM, 2001) apud Simão (2008, p. 149-150) de que o (TR) é um potente estímulo no aumento de massa e força muscular, podendo ser muito importante componente para o sucesso dum programa de perda de peso, aumentando a massa magra e a perda de gordura.
Já para segunda afirmativa, podemos mostrar inúmeras citações que comprovam que o (TR) causa um aumento significativo no EPOC (Consumo Excessivo de Oxigênio Pós-Exercício). E sendo assim, pode-se dizer que este provoca sem dúvidas sucessos num programa de emagrecimento devido ter como seu substrato energético principal segundo Lima (2012), “O METABOLISMO LIPÍDICO”. Vejam-se algumas citações sobre EPOC:
Para Wilmore e Costill (2001) “A atividade física é importante tanto para a manutenção quanto para a perda de peso. E, Além das calorias gastas durante o exercício, ocorre um gasto substancial de calorias durante o período pós-exercício”. Para Guedes (2006, p. 102). “A musculação aumenta o consumo do (VO2) pós-exercício”. Um estudo japonês efetuado por Tahara (2008), também mostra que o consumo de Dioxigênio pós-exercícios, permanecia elevado após 40min com exercícios anaeróbicos.
Oliveira, (2012) citou um estudo feito por Borshein e Bahr (2003); Meirelles e Gomes (2004); Matsuura et al, (2006); Neto e Farinatti (2009), Burleson et al, (1998); Schuenke et al, (2002); onde visualizou que nos exercícios aeróbios, a magnitude e a duração do (EPOC) parecem depender diretamente da intensidade e da duração da sessão de treinamento. Por exemplo, intensidades com 50-80% do VO2máx por 5-20 minutos não têm gerado EPOC por mais de 35 minutos. No entanto, quando o treino é realizado com intensidades próximas ao limiar ventilatório por 20-40 minutos, o EPOC tem uma duração maior, mas dificilmente excede 40 minutos. Agora, ao analisar o treinamento de força, a resposta do EPOC se apresenta bastante variada. Provavelmente em decorrência de uma maior combinação de intensidade, volume, velocidade de execução, intervalo entre as séries, forma de execução e ordem dos exercícios, entre outras variáveis. Neste sentido, pesquisadores relatam que esse tipo de atividade pode proporcionar um EPOC com duração de 30 minutos a 38 horas, ou mesmo dias, dependendo do protocolo utilizado.
Em virtude dos fatos mencionados acima, torna-se visível que o (TR) vem a colaborar de forma ímpar no processo de “queima de gorduras”. E, cria-se uma hipótese, ainda baseando na crença segundo a (ACSM), que este tipo de exercício físico pode acentuar a distribuição das atividades de intervenções qualificadas para tratamento da obesidade, que pode ajudar a reduzir a sobrecarga à saúde publica, relacionada a essa condição crônica.
REFERÊNCIAS:
OLIVEIRA. E. EPOC. Disponível em:< http://www.gease.pro.br/artigo_visualizar.php?id=213>. Acessado em: 12.01.2012.
GUEDES, D,P. Saiba Tudo Sobre Musculação. Ed. Corpo e Saúde, Rio de Janeiro – RJ, 2006.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2008-2009.
MCARDLE, Willian D., KATCH, Frank I., KATCH, Victor L. Fisiologia do Exercício. Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 4 ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1998.
NETO, G.C; FARINATTI P.T.V. Consumo de oxigênio após exercício resistido: uma abordagem crítica sobre os fatores determinantes de sua magnitude e duração. Braz. J. Biomotricity. 3(2):96-110. 2009.
WILMORE, J.H.; COSTILL, D.L. Obesidade, diabetes e atividade física. Fisiologia do esporte e do exercício, 2.ed. Barueri-SP: Manole, 2001. p. 662-691.
NAVARRO, F. Bioquímica e Bioenergética Aplicada ao Exercício. Apostila de Pós-Graduação da Universidade Gama Filho, 2012.
LEIBEL, R..L. et al. Changes in energy expenditure resulting from altered body weight. New England J Med, 1995, 332:621-628.
SIMÃO, R. Fisiologia e Prescrição de Exercícios para grupos especiais. 3ª Ed. Phorte, São Paulo, 2008.
TAHARA, Y, et al. Fat-free Mass and Excess Post-exercise Oxygen Consumption in the 40 Minutes after Short-duration Exhaustive Exercise in Young Male Japanese Athletes J Physiol Anthropol, 27: 139–143, 2008.
Ainda há um grande número de pessoas, que por desconhecimento, acham que o Treinamento Resistido (TR) não dá um aporte significativo no quesito emagrecimento, porém, este grande ceticismo ocorre por falta de informação e aprofundamento no mecanismo científico do (TR) e suas respostas fisiológicas durante e principalmente pós-exercícios.
O fator primordial desta prática arraigada dentre a sociedade, e também por leigos em exercício e atividade física, é que a maior parte dos estudos com substratos energéticos são avaliados durante os exercícios e não pós-exercícios. E ao avaliá-los durante o exercício, confirma-se que durante o exercício de (TR) sendo não há uma mobilização de gorduras significativa, notando assim, que nos exercícios curtos e intensos, os chamados (anaeróbios), há como predominância nestes, uso de Creatina Fosfato (CrP) e Glicogênio como substratos energéticos; diferentemente dos exercícios leves e prolongados, os (aeróbios), que há uma predominância maior do METABOLISMO LIPÍDICO, Lima (2012) Simão, (2008, p. 143), criando-se com isso o lado cético da coisa: “Musculação emagrece ou não?”, devido não ter em atividade a predominância em seu metabolismo principal oxidação de lipídios (lipólise), durante o Treinamento Resistido.
A figura abaixo segundo (NAVARRO, 2012, p. 16). Veja um exemplo dos substratos energéticos utilizados durante o exercício em determinados termos:
Em virtude dos fatos mencionados acima, os quais analisaram os substratos energéticos utilizados durante o exercício, vamos agora analisar as respostas metabólicas provocadas pelo (TR) PÓS-EXERCíCIOS, tentando com isso, numa linha de análise diferente, fundamentar com duas afirmativas cabíveis e convincentes o potencial do (TR) como um dos fatores significativos para processo de emagrecimento, vejamos:
01)- O Treinamento Resistido aumenta o volume muscular, e consequentemente um aumento na (TMB) Taxa de Metabólica Basal, que é o mesmo que: “Mínimo de energia necessária para manter as funções vitais do organismo em repouso”, (MCARDLE, et al, 1992 ).
02)- O Treinamento Resistido permite prolongamento no aumento do consumo de oxigênio (VO2) pós-exercício.
Fundamentando a primeira afirmativa, podem ser citados inúmeros pesquisadores que comprovam a eficiência do (TR) e o aumento da (TMB) oriundos do ganho de massa magra (HIPERTROFIA). Segundo Esquerdo (2010, p.29) “[...] A maneira mais inteligente de perder gordura e mostrar uma musculatura mais definida é realizando um treinamento “pesado com pesos”, que também se queimarão calorias e o metabolismo permanecerá alto, [...]”. Para Guedes (2006, p. 101): A musculação contribui para o emagrecimento que ocorre devido ao aumento de massa muscular que, por sua vez, aumenta a (TMB) esta que corresponde a 70% do gasto calórico diário do indivíduo normal. Para Simão (2008, p. 143), diz que quanto maior a massa magra, maior a quantidade de calorias gastas ao dia. Afirma-se também que ao preservar a massa magra através do (TR), previna declínios na (TMB), esta que quando há apenas uma perda de peso mostra-se significativa, Laibel e Colaboradores, (1995). Finalizando, apoia-se na afirmativa do (ACSM, 2001) apud Simão (2008, p. 149-150) de que o (TR) é um potente estímulo no aumento de massa e força muscular, podendo ser muito importante componente para o sucesso dum programa de perda de peso, aumentando a massa magra e a perda de gordura.
Já para segunda afirmativa, podemos mostrar inúmeras citações que comprovam que o (TR) causa um aumento significativo no EPOC (Consumo Excessivo de Oxigênio Pós-Exercício). E sendo assim, pode-se dizer que este provoca sem dúvidas sucessos num programa de emagrecimento devido ter como seu substrato energético principal segundo Lima (2012), “O METABOLISMO LIPÍDICO”. Vejam-se algumas citações sobre EPOC:
Para Wilmore e Costill (2001) “A atividade física é importante tanto para a manutenção quanto para a perda de peso. E, Além das calorias gastas durante o exercício, ocorre um gasto substancial de calorias durante o período pós-exercício”. Para Guedes (2006, p. 102). “A musculação aumenta o consumo do (VO2) pós-exercício”. Um estudo japonês efetuado por Tahara (2008), também mostra que o consumo de Dioxigênio pós-exercícios, permanecia elevado após 40min com exercícios anaeróbicos.
Oliveira, (2012) citou um estudo feito por Borshein e Bahr (2003); Meirelles e Gomes (2004); Matsuura et al, (2006); Neto e Farinatti (2009), Burleson et al, (1998); Schuenke et al, (2002); onde visualizou que nos exercícios aeróbios, a magnitude e a duração do (EPOC) parecem depender diretamente da intensidade e da duração da sessão de treinamento. Por exemplo, intensidades com 50-80% do VO2máx por 5-20 minutos não têm gerado EPOC por mais de 35 minutos. No entanto, quando o treino é realizado com intensidades próximas ao limiar ventilatório por 20-40 minutos, o EPOC tem uma duração maior, mas dificilmente excede 40 minutos. Agora, ao analisar o treinamento de força, a resposta do EPOC se apresenta bastante variada. Provavelmente em decorrência de uma maior combinação de intensidade, volume, velocidade de execução, intervalo entre as séries, forma de execução e ordem dos exercícios, entre outras variáveis. Neste sentido, pesquisadores relatam que esse tipo de atividade pode proporcionar um EPOC com duração de 30 minutos a 38 horas, ou mesmo dias, dependendo do protocolo utilizado.
Em virtude dos fatos mencionados acima, torna-se visível que o (TR) vem a colaborar de forma ímpar no processo de “queima de gorduras”. E, cria-se uma hipótese, ainda baseando na crença segundo a (ACSM), que este tipo de exercício físico pode acentuar a distribuição das atividades de intervenções qualificadas para tratamento da obesidade, que pode ajudar a reduzir a sobrecarga à saúde publica, relacionada a essa condição crônica.
REFERÊNCIAS:
OLIVEIRA. E. EPOC. Disponível em:< http://www.gease.pro.br/artigo_visualizar.php?id=213>. Acessado em: 12.01.2012.
GUEDES, D,P. Saiba Tudo Sobre Musculação. Ed. Corpo e Saúde, Rio de Janeiro – RJ, 2006.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2008-2009.
MCARDLE, Willian D., KATCH, Frank I., KATCH, Victor L. Fisiologia do Exercício. Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 4 ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1998.
NETO, G.C; FARINATTI P.T.V. Consumo de oxigênio após exercício resistido: uma abordagem crítica sobre os fatores determinantes de sua magnitude e duração. Braz. J. Biomotricity. 3(2):96-110. 2009.
WILMORE, J.H.; COSTILL, D.L. Obesidade, diabetes e atividade física. Fisiologia do esporte e do exercício, 2.ed. Barueri-SP: Manole, 2001. p. 662-691.
NAVARRO, F. Bioquímica e Bioenergética Aplicada ao Exercício. Apostila de Pós-Graduação da Universidade Gama Filho, 2012.
LEIBEL, R..L. et al. Changes in energy expenditure resulting from altered body weight. New England J Med, 1995, 332:621-628.
SIMÃO, R. Fisiologia e Prescrição de Exercícios para grupos especiais. 3ª Ed. Phorte, São Paulo, 2008.
TAHARA, Y, et al. Fat-free Mass and Excess Post-exercise Oxygen Consumption in the 40 Minutes after Short-duration Exhaustive Exercise in Young Male Japanese Athletes J Physiol Anthropol, 27: 139–143, 2008.
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