Tudo bem, conhecendo os tipos básicos de
academia, fica muito mais fácil entender porque pessoas costumam lesionar-se
facilmente dentro de academias. (Claro que não devemos entender todo tipo de
lesão como necessária culpa de alguém, pois, de fato, acidentes podem ocorrer
com qualquer um a qualquer momento.)
De
fato, na maioria dos casos, há um pequeno deslize, seja por parte de quem
instrui ou de quem é instruído.
O
primeiro fator que se deve observar são os três principais erros de atletas ou
alunos. E são estes:
- Esquecer o fortalecimento de tendões,
articulações, músculos auxiliares e ligamentos:
Sem o
fortalecimento desses grandes e pequenos grupos, é muito fácil ter dificuldade
de estabilização durante os movimentos, deixando o sujeito muito mais
susceptível a lesionar-se.
- Querer usar mais carga do que pode:
Este é
um fator freqüente principalmente para iniciantes na musculação. Usar mais
carga não significa ganhar mais músculos, necessariamente. Sem uma boa
execução, com boa amplitude, controle e cadências, não há conversa.
Principalmente para iniciantes.
- Utilizar máquinas quando se deve
utilizar exercícios livres e utilizar exercícios livres quando é mais seguro
realizar tais exercícios em máquinas.
Simples assim e, cometido por profissionais também. É comum ver atletas
utilizando máquinas quando deveriam realizar estes exercícios livres, como um
agachamento livre, ao invés de agachamento no Smith, por exemplo. E, utilizando
exercícios livres, ao invés de máquinas, como por exemplo, abdominais no solo
ao invés de abdominais em máquinas que estabilizam a região cervical.
Em
segundo plano, porém tão importante quanto e, diga-se de passagem, extremamente
necessário evitar dentro de uma academia, são os três principais erros de
profissionais. E são estes:
- Basear-se no achismo e esquecer
matérias como a biomecânica, a física e a fisiologia:
Esquecer que estamos tratando do corpo humano e não de uma máquina
anatomicamente igual de indivíduo pra indivíduo, preservando a individualidade
biológica é um crime e um pecado mortal. Achar que tudo é regra e basear-se em
conceitos (que muitas vezes já caíram por terra) pífios e sem grandes
fundamentos é implorar por fazer coisas erradas com os próprios alunos e, assim
manchar o esporte.
É
necessário que profissionais sempre estejam atualizados e cientes do que podem
(devem) ou não fazer. Ter um simples CREF hoje em dia, infelizmente, não
significa boa qualificação, mas apenas, licença para trabalhar dentro de uma
academia (escola).
- Utilizar os mesmos protocolos de
atletas de alto nível para atletas iniciantes:
Neste
caso, geralmente, o profissional baseia-se em atletas de alto rendimento para
proporcionar o treinamento para um “pimpolho” que acaba de entrar na academia.
Devemos lembrar que estamos falando de alguém que começou agora naquela
modalidade e não tem uma estrutura biomecânica e não está apto o suficiente
para aderir treinamentos avançados sem antes experimentar o básico e as devidas
adaptações do esporte.
- Não respeitar o objetivo do atleta:
É um
grande problema que encontramos nas academias. A falta de respeito com os
objetivos dos atletas e/ou apenas praticantes. Ora, se a pessoa deseja
hipertrofia muscular, então porque focar tanto naqueles exercícios funcionais
com a desculpa de fortalecimentos e eficácia funcional?? Da mesma forma, para
que fazer um ectomorfo correr 15 ou 20 minutos antes de um treino anaeróbio??
Se o indivíduo necessita perder gordura e faz uma dieta hipocalórica, então
porque deixá-lo apenas na parte aeróbia e esquecer que a parte anaeróbia é
fundamental para preservar a massa muscular magra?
Pois
bem, saber respeitar os limites dentro dos objetivos é algo muito importante e
que requer um bom-senso extra do treinador.
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