O álcool não entra na lista de
substâncias apontadas no exame antidoping. Isto porque, do ponto de
vista da legislação esportiva, a bebida não é considerada uma substância
que melhore o rendimento. Pelo contrário. Para Turíbio Leite, médico do
clube Pinheiros, a bebida causa dependência e deveria ser acusada no
exame.
Na verdade, se nós formos
caracterizar os prejuízos do doping tanto de ponto de vista físico, como
do ponto de vista social, o álcool deveria cair na mesma classificação
dessas drogas, dessas substâncias mais pesadas.
Pelo
ponto de vista da dependência e até de prejuízo moral. Quem sabe até
venha a ser um dia, num futuro próximo, também considerada uma
substância proibida pela legislação antidoping - afirmou em entrevista
ao "SporTV Repórter".
Se o álcool não entra nessa lista, abre-se uma margem para que os atletas bebam indiscriminadamente, acredita o médico.
Para ele, ao escolher o esporte,
os jovens devem colocar a vida profissional em primeiro lugar. Para
isso, têm que se privar de algumas coisas, como a bebida, por exemplo.
Eu não acredito que haja nenhuma
situação em que o consumo do álcool, ou a liberação para esse consumo,
possa ser positivo do ponto de vista de desempenho. Evidentemente, o
atleta, fora do ambiente de esporte, é uma pessoa comum. Mas ele sabe
que existe um preço que ele tem que pagar por um desempenho esportivo.
Sem dúvida nenhuma, ele tem consciência disso. E faz parte daquilo que ele entende como uma rigidez necessária à vida esportiva. No esporte de alto rendimento deve se privar de algumas coisas. Eu acho que o álcool está dentre essas privações que, infelizmente ou felizmente, ele é obrigado a aceitar.
Fonte: Treinando Atletas - Fisioterapia Desportiva
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